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HISTÓRIAS RUSCHELINAS
Um dia, levei minha mãe para visitar a tia
Stella na casa de sua filha em Porto Alegre. Entre as conversas, ela contou-nos
história repassada por tradição oral que recebera dos seus antepassados.
Achei-a muito interessante, mas atendi
à recomendação de minha mãe de não divulgá-la. Agora, passado quase meio século
e em face de ter descoberto nomes e datas que, no meu entender, dão nexo e
corroboram o fato, resolvi divulgá-la com as conclusões a que cheguei.
Nosso trisavô Michael Ruschel (1751), viúvo
desde 1803 e sua segunda esposa Maria Falck (1772) devem ter tido mais um
filho, o primogênito, além dos nomes que conseguimos descobrir, uma filha antes
de Sebastian e mais uma filha e dois filhos após. Conferir no Descendants of
Ida Ruschel em anexo.
Havia
na vizinhança uma moça, que eventualmente prestava serviços na casa do Michael
e apareceu grávida. Reboliço na aldeia. Logo o responsável foi identificado: O
filho mais velho do segundo casamento de Michael, cujo nome não conseguimos
encontrar.
Marcou-se o casamento dos jovens, para honrar
os compromissos naturais entre as duas famílias, porém, antes da boda, o noivo
veio a falecer.
Nasceria vivo ou não o neto do Michael. Nasceu
vivo e o problema permaneceu. Dentro da lógica dos costumes de dignidade
social, Michael convenceu seu segundo filho, nosso bisavô Sebastian a desposar
a mãe de seu neto e reparar a honra das famílias. Conseguimos descobrir a data do casamento, janeiro
de 1833, um mês antes do nascimento do filho de Sebastian e Anna Maria Mayer
(1808), Michael Ruschel (1833), quando o primogênito da Anna Maria Mayer já
tinha quase três anos de idade e se chamaria João Nikolaus Ruschel (1829),
legitimado como filho do Sebastian e Anna Maria Mayer. O fato ocorreu quase
dois séculos atrás. Comprovamos o fato com os registros do livro Familienbuch
Primstal recém disponível.
Este interregno explica e justifica a tradição
oral contada pela tia Stella. Sebastian não deve ter recebido de bom grado a
incumbência. Relutou, mas terminou por aceitar a decisão da família Ruschel.
Casou em 2 de janeiro de 1833, um mês antes de nascer seu filho Michael.
Recebemos como
colaboração, o teor de uma segunda versão da história, que não contradiz o que
afirmamos. Não vale a pena registrá-la aqui.
Não encontramos razões para esconder a
história para os descendentes do Sebastian e sim admirar a rígida noção de
responsabilidade da moral dos habitantes
da região. Pelo menos o nosso primo Alvinho também era conhecedor do
fato, segundo me revelou.
Cada um dos que receberem esta história,
decidirá se a redistribuirá aos demais parentes, como tem reenviado as outras
crônicas que tenho mandado por email. Eu
a estarei enviando para os da família Lampert.
THE
HISTORICAL RESEARCH CENTER
HISTÓRIA DO NOME DA FAMÍLIA
RUSCHEL
O sobrenome alemão Ruschel creem
os etimologistas, ter duas origens.
Em primeiro lugar, o sobrenome
Ruschel origina-se ou é derivado do nome de um ancestral, do nome
do pai do primeiro portador. Neste sentido o sobrenome Ruschel é uma
variação do sobrenome Rueschle(in), uma forma derivada do sobrenome
Ruesch, do nome próprio Rudolf.
Em
segundo lugar, o sobrenome Ruschel tem uma origem local, por uma característica
específica, tanto elaborada pelo homem ou próprio de onde o portador original
viveu ou possuía suas terras.
Aqui o sobrenome Ruschel é considerado
"flurname") significando o nome para um pedaço especifico,
determinado de terra, palavra da Média Alta Alemanha, "rusch
indicando terra molhada, úmida”. A palavra alemã "rusch"
significa também uma espécie de salgueiro, portanto referindo-se então a
"alguém que reside próximo ou onde os salgueiros crescem".
Referências sobre este sobrenome ou a uma variante
inclui o registro de Berchtold Rueschli, um cidadão de Ueberlingen em
1329. Um Rueschi Herbert e Rueschi Herbest, irmãos de Neuenburg em
Muellheim, estão registrados em 1345. Uma família de Ravensburg era
cortadora de madeira (ou lenhadores), onde registros de 1482 mostram um Jacob Ruess, que estabeleceu-se em Bern
em 1510. A familia desenvolveu-se completamente no século 16 sob o
nome de Ruesch. Registros de 1338 de Otterswein em Baden mostram
"quatro acres legados pelos Ruesch", significando quatro acres localizados nos juncos. Uma milha circular dita Riusche de
Mimmenhausen em Ueberlingen foi mencionada em registro datados de 1254.
O seguinte brasão de armas representa a prática
heráldica de chanfradura pela colocação da figura (ou divisa) no brasão, o qual
desempenha como um jogo de palavras referente ao nome.
BRASÃO DE
ARMAS - Azul celeste, sobre colinas de três sinoplas verdes, das quais emergem
três salgueiros, pedúnculos e folhas verdes.
ELMO –
Entre dois chifres de búfalo, alternando entre prata e azul, a flor do
salgueiro prateada, ramos e folhas verdes.
ORIGEM
- ALEMANHA.
Estampa do Brasão e Nome Histórico da Família
Ruschel, gentileza de Carmen Elisabeth Hanquet, oitava geração Ruschel.
Traduções
do inglês para o português:- Leandro Carlos Lampert e
Carmen Elizabeth Hanquet.
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