OS
RUSCHEL
ORIGEM, HISTÓRIA E
GENEALOGIA
LEANDRO LAMPERT
Janeiro de 2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO …………………..…………. 3
FAMÍLIA DE SEBASTIAN
RUSCHEL ……. 4
OS ESTADOS TEUTÔNICOS ……...… …..
9
RAZÕES
DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ .………. 10
A CANÇÃO DO IMIGRANTE ………………. 20
O CAPITÃO MIGUEL ………………………..… 23
RUSCHEL IRMÃOS EM MUÇUM ………….. 32
JOHANN RUSCHEL …………….……….…… 33
CARTA AOS RUSCHELINOS …………...…… 36
MAIS HISTÓRIAS
RUSCHELINAS ……….… 38
DESCENDANTS OF IDA - 7 GERAÇÕES … 39
ANCESTORS OF FLÁVIA
RUSCHEL .……. 50
BRASÃO RUSCHEL COLORIDO ..……… 51
HISTÓRIA DO NOME RUSCHEL …………. 52
INTRODUÇÃO
Escrever sobre nossos antepassados é tarefa agradável, porém
delicada e trabalhosa. Retornamos a um passado distante e já esquecido.
Decidimos abrir o baú dos tempos que já passaram, procurar e encontrar como
viveu nossa gente. Nossa curiosidade principal é para saber como eram, onde
moravam e a decisão terrível de deixar a pátria. Não deve ter sido fácil. A
decisão de emigrar estava relacionada com a miséria alimentar. Famílias
enormes, pouca terra e esta ainda, praticamente já sem fertilidade. Aprendemos
muito e desejamos compartilhar com os demais parentes Ruschel o conhecimento
das nossas descobertas, considerações e resultados. Estamos sujeitos a erros,
face às dificuldades, por eventuais imprecisões dos cartórios e paróquias ou
por nossa própria incompetência. Bem no fundo, queremos mesmo é exibir nosso
orgulho em também ser um RUSCHEL. Para amar é preciso conhecer.
Serão bem-vindas as
informações sobre lacunas, contradições e erros que forem encontrados, assim
como novas contribuições para aperfeiçoar e completar este trabalho. Não
criamos nada, apenas pusemos ordem e cronologia nas informações esparsas que
coletamos e fizemos deduções lógicas que permitem transmitir uma visão da vida
dos que nos antecederam na família Ruschel.
A emigração para o Brasil foi um gesto de
desespero, coragem e otimismo no futuro. Não tinha mais volta. A pátria, as
aldeias, os familiares que permaneceram, foram vistos pela última vez na vida.
Dalí em diante seria tudo novidade. A fé na sua capacidade de trabalho,
perseverança e economia, levaria fatalmente à obtenção de progresso, solidez
econômica e um adeus às vicissitudes e fome sofridas na pátria de origem.
Acreditamos que, possivelmente, nossa
geração seja a última com memória, disposição e material genealógico que
permita a transmissão de dados familiares exatos, antes que se percam para
sempre. É agora ou nunca mais.
Este é o principal objetivo do nosso
esforço.
Agradecemos aos que nos incentivaram e
auxiliaram e a todos os novos colaboradores.
Porto
Alegre, julho de 2008.
Leandro
Lampert
Geraldo Ruschel
FAMÍLIA DE SEBASTIAN RUSCHEL
NA EUROPA
Os Ruschel são originários da região do Saar-Hunsrück, sudoeste da
Alemanha, próxima à França, entre as cidades de Trier e Saarbrücken.
O casal Sebastian Ruschel e Anna Maria
Mayer com oito filhos partiu do porto de Bremen com destino ao Brasil. Chegaram
em Porto Alegre em 17 de outubro de 1846. Vieram pelo brigue Hanseat.
Encontramos os registros de entrada no Brasil no Arquivo Público, no livro
C332, anotados com idades próximas à realidade. Tudo era mais ou menos.
Posteriormente encontramos as datas de nascimento verdadeiras.
Foto: Álvaro A. Paes
A localização geográfica da vila de
origem, Mühlfeld, foi prejudicada por tradição oral equivocada, que desviou a
busca para outra região. A informação era que Sebastian morava junto ao Mosela,
nos encaminhou para buscas entre o norte e o sul de Trier, às margens do rio.
Nunca encontramos Mülhfeld. Ao norte de Trier, encontramos Mülheim, e ao sul
Mettlach, que ainda mais nos confundiram.
Imaginávamos que Mülhfeld não poderia
estar muito longe de Trier e que a distância permitisse, talvez, a ida e volta
no mesmo dia ou, no máximo, retorno no dia seguinte. Esta observação revelou-se
acertada e a distância real é de 34 km.
As buscas continuaram e lentamente foram
aparecendo mais nomes: Scheuern, onde nasceu e morava Sebastian, perto de
Mühlfeld, residência de Anna Maria; Mettnich, local de passagem da carruagem de
passageiros; Otzenhausen, onde o casal contraiu matrimônio. Mesmo assim não
localizamos a região nos mapas analíticos que dispúnhamos. As localidades
deveriam ser próximas umas das outras, pois os jovens não tinham como procurar
seus amores em lugares distantes por falta de condições de transporte. Mais
tarde localizamos onde residiam os avós maternos da noiva, Marpingen. Só então
tudo se esclareceu. Nos lembramos que em nossas pesquisas havíamos localizado
um Lampert que casara com noiva residente em Marpingen e todas essas
localidades deveriam estar próximas umas das outras. Assim era. Procuradas em
outra posição dos mapas, localizamos todas as vilas de origem dos Ruschel. Eram
aldeias muito pequenas, insignificantes e em região desolada. Não constavam em
mapas convencionais. Xerox de mapa está anexo, com círculos demarcando os
locais de interesse.
Um exame no mapa nos permite ver que a
região era de pequenas elevações, pois era divisor de águas. Os rios Glan e
Nahe seguem em direção norte até o Reno. O rio Prims, perto de Mühlfeld e
Mettnich, corre para o sudoeste até alcançar o Saar, que deságua no Mosela,
assim como o rio Blies corre para sudeste até também alcançar o Saar mais
acima. Mais ou menos, a região fica no terço inferior entre Trier e
Saarbrücken. As terras de encosta, prováveis minifúndios, deveriam estar
erodidas e esgotadas, obrigando os agricultores a emigrar como única forma de
manter a sobrevivência e proporcionar um futuro para os filhos. Pelo mapa,
também verificamos que a quantidade de aldeias era menor que em regiões
próximas, o que traduz, em nosso entender, que a terra de lavoura não suportava
mais habitantes.
Sebastian Ruschel, nasceu em Scheuern em
7 de maio de 1809, casou em 2 de janeiro de 1833 em Otzenhausen, 9 km ao norte
de Mühlfeld. Faleceu em 22 de novembro de 1882 em Feliz – RS.
Anna Maria Mayer nasceu em 30 de março de
1808 em Mühlfeld, 4 km ao norte de Scheuern. Há controvérsia em relação ao ano
de seu nascimento. A tradição oral informa que ela aumentou sua idade,
voluntariamente, no ato de casamento. Faleceu em 1º de Agosto de 1888 em
Estrela – RS.
Ele mantinha um serviço de transporte de
passageiros por carruagem em Mühlfeld, Mettnich, 2 km ao norte, e Trier, mais
de 32 km a noroeste.
A tradição oral que tínhamos era que
Mühlfeld se situava nas margens do rio Mosela, advindo daí a inclinação de
Mathias Ruschel S° pela navegação fluvial, foi informação fantasiosa. A rota de
transporte rodoviário era a sudeste de Trier, portanto, quase perpendicular ao
Mosela.
Estão demarcadas no mapa anexo Trier,
Otzenhausen, Mettnich, Mühlfeld, Scheuern e Marpingen.
Trier, cidade-fortaleza romana foi
construída por Júlio Cesar (Tréveris) é a capital da região. Mantivemos contato
epistolar com os arquivos católicos da cidade. (Bischöpfliches Generalvikariat)
Otzenhausen, sede do cartório onde o
casal contraiu matrimônio.
Mettnich, junto ao riacho Prims.
Mühlfeld, moradia de Anna Maria Mayer,
onde o casal passou a residir.
Scheuern, residência de Sebastian Ruschel
até o casamento.
Marpingen, localidade onde moravam os
pais dos sogros de Sebastian.
NO BRASIL
Encontramos no Arquivo Público o
registro formal de aquisição do lote 18 de terras na Picada Dois Irmãos, então
município de São Leopoldo. Cremos que Sebastian desistiu de construir ali sua
residência, provavelmente, por ser região de colonização predominante
evangélica. Também encontramos o registro de nova aquisição de outra colônia de
terras em Picada Feliz, lote 13, do outro lado do rio Caí, não muito distante do
lote anterior, mas no meio de outros moradores católicos e com o rio Caí como
meio de transporte mais fácil.
Sabemos que a colonização alemã no RS, em
seus primórdios, teve grande maioria de imigrantes da confissão luterana. Após
alguns anos, os católicos foram crescendo em número, até atingir quase a metade
das famílias. A existência do lote 18 em Picada Dois Irmãos, colonizado em 1827
e desocupado, pode ter outra explicação. Talvez fosse um local pouco adequado à
moradia e lavoura, razão talvez invocada por Sebastian para trocar de terras.
Seus filhos, nascidos em Mühlfeld:
1)
João Nicolaus Ruschel tinha 20
anos nos registros de alfândega, (1826) mas deve ter nascido em meados de 1831,
e casou em 4 de fevereiro de 1851 com Catharina Scherer, livro de casamentos 1,
página 2. O casal teve 17 filhos.
2)
Michael Ruschel, nasceu em 8 de
fevereiro de 1833 e faleceu em 18 de outubro de 1903 em Estrela – RS. Casou em
2 de outubro de 1855 com Anna Maria Scholer, nascida em 14 de agosto de 1832 e
falecida em 20 de julho de 1903 em Estrela – RS. O casal teve 9 filhos.
3)
Maria Ruschel nasceu em novembro
de 1834 e faleceu em 1º de julho de 1890 em Picada Cará – RS. Casou em 29 de
janeiro de 1856 com Pedro Nicolau Klein, nascido em 17 de agosto de 1825 e
falecido em 22 de setembro de 1890 em Picada Cará – Feliz – RS. O casal teve 14
filhos.
4)
Catharina Ruschel nasceu em 12 de
outubro de 1836, casou em 11 de maio de 1858 em Dois Irmãos, livro de
casamentos 1, página 3 e faleceu em 27 de outubro de 1922 em Estrela. Seu
esposo era Pedro Kern, já nascido no Brasil e filho de Pedro Kern e Agnes
Scheiss.
5)
João Ruschel, nascido em 14 de
setembro de 1838, casou em 30 de junho de 1863 em São José do Hortêncio, livro
1 e página 60. Faleceu em 11 de junho de 1925 e está sepultado no cemitério
católico Santa Catarina em Feliz. Sua esposa, Anna Maria Stürmer, nascida em 11
de fevereiro de 1847 e falecida em 27 de fevereiro de 1926, sepultada no mesmo
cemitério. O casal teve 13 filhos.
6)
Anna Maria Ruschel, nascida de 29
de maio de 1840. Casou em 8 de maio de 1860 em São José do Hortêncio, livro 1,
página 42. Faleceu em 23 de janeiro de 1929 em Feliz. Seu esposo foi Francisco
(Frederico) Stürmer e o casal teve 11 filhos.
7)
Jacob Ruschel, nascido em 29 de
abril de 1844 e faleceu em 27 de abril de 1916, sepultado em São José do
Hortêncio. Casou em 27 de setembro de 1866 com Anna Maria Friedrichs, nascida
em 2 de fevereiro de 1844 e falecida em 16 de abril de 1922. Cemitério S.
Catarina em Feliz. Ela era filha de Carlos Friedrichs e Maria Schinen. O casal
teve 8 filhos.
8)
Matias Ruschel (Sênior), nascido
em 19 de novembro de 1845. Casou em 26 de julho de 1870 em S. José do
Hortêncio, livro 2, página 43. Faleceu em 2 de novembro de 1936 em Estrela. Sua
esposa foi Catharina Schossler, falecida em 1882. Tiveram 8 filhos. Matias
contraiu novo matrimônio em 16 de outubro de 1833 em Estrela, com Cristina
Becker, falecida em 1897, filha de Mathias Becker e Anna Maria Wolling. Tiveram
7 filhos. Num terceiro matrimônio com Gertrudes Herrmann, falecida em 1929, não
deixou descendência.
Seus filhos,
nascido em Feliz – RS.
9)
Nicolau Ruschel (Sênior), nascido
em 23 de outubro de 1849, casou em 7 de maio de 1872 em São José do Hortêncio,
livro 2, página 59, e faleceu em 21 de setembro de 1920, em Estrela. Sua esposa
Apolônia Schüssler, era filha de Nicolau Schüssler e Margarida Wagner. Tiveram
14 filhos.
10)
Peter Ruschel em 30 de julho de 1852 em Picada
Feliz, (sua mãe então já tinha 44 anos de idade) casou em 7 de maio de 1874 e
faleceu em 16 de junho de 1922 em Estrela. Sua esposa Luiza Heberle, nascida em
1855 e falecida em 17 de junho de 1928, sepultada em Estrela. Era filha de
Pedro Heberle e de Catharina Caye, tiveram 12 filhos.
Além de 10
filhos, foi avô de 113 netos.
DESCENDENTES
DE NICOLAUS RUSCHEL – 37
1 – NICOLAU
RUSCHEL – 37(n. 1725)
Esp: CATARINA PFEIFER – 38(n. 1730)
2 – MICHAEL RUSCHEL – 20 (n. 6 set 1751,
f. 6 jul 1829, Scheuern – Trier)
Esp: MARGARETH ZOBEL – 36 (n. 21 dez 1760, f. 5 jun 1803)
Esp: MARIA FALK – 21 (n. 20 dez 1772, f. mar 1927)
3 – SEBASTIAN RUSCHEL – 1 (n. 7 mai 1809,
Scheuern – f. 22 nov 1882, Feliz)
Esp: ANNA MARIA MAYER – 2 (n. 30 mar 1808,
Mühlfeld, f. 1 ago 1888, Estrela)
4 – JOÃO NICLOAU (KLOSS) RUSCHEL – 3 (n.
1831)
Esp: CATHARINA SCHERER – 13
4 – MICHAEL RUSCHEL – 4 (n. 6 fev 1833, f.
18 out 1903 – Estrela)
Esp: ANNA MARIA SCHOLLER – 14 (n. 14 ago
1832, f. 20 jul 1903 – Estrela)
4 – MARIA RUSCHEL – 5 (n. nov 1834, f. 1 jun 1890 – Feliz)
Esp: PEDRO NICOLAU KLEIN – 15 (n. 18 ago
1825, f. 22 set 1890)
4 – CATARINA RUSCHEL – 6 (n. 12 out 1936, f. 27 ou 1922)
Esp: PEDRO KERN – 35
4 – JOHANN RUSCHEL – 7 (n. 14 set 1838, f.
11 jun 1925)
Esp: ANNA MARIA STÜRMER – 34 (n. 11 fev 1847, f. 27 fev 1926)
4 – ANNA MARIA RUSCHEL – 8 (n. 29 mai 1840, f. 23 jan 1929 –
Feliz)
Esp: FRANCISCO (FREDERICO) STÜRMER – 33
4 – JACOB RUSCHEL – 9 (n. 29 abr 1844, f.
27 abr 1916)
Esp: ANNA MARIA FRIEDRICH – 32 (n. 2 fev 1844, f. 16 abr 1922)
4 – MATHIAS (SÊNIOR) RUSCHEL- 10 (n. 19 nov 1845, f. 2 nov 1936 –
Estrela)
Esp: CATHARINA SCHOSSLER – 17 (f. 1882)
Esp: CRISTINA BECKER – 18 (f. 1897)
Esp: GERTRUDES HERRMANN – 19 (f. 1929)
4 – NICOLAU (SÊNIOR) RUSCHEL – 11 (n. 23
out 1849 – Feliz, f. 21 set 1920)
Esp: APOLÔNIA SCHOSSLER – 31
4 – PETER RUSCHEL – 12 (n. 20 jul 1852 – Feliz, f. 16 jun 1922 –
Estrela)
Esp: LUIZA HERBELE – 30 (n. 1855, f. jun 1928)
DESCENDENTES DE PETER JOSEF MAYER
2 – PETER JOSEF MAYER – 24 (f. 1794 –
Mühlfeld)
Esp: BÁRBARA ARTZ – 25 (f. jan 1817 –
Mühlfeld)
3 – PETER JOSEF MAYER – 22 (f. 21 mai 1829
– Mühlfeld)
Esp: CATHARINA THOMÉ – 23 (f. 22 abr 1816
– Mühlfeld)
4 – ANNA MARIA MAYER – 2 (n. 30 mar 1808 – Mühlfeld, f. 1 ago 1888
– Estrela)
Esp: SEBASTIAN RUSCHEL – 1 (n. 7 mai 1909 – Scheuern, f. 22 nov
1882 – Feliz)
OS
ESTADOS TEUTÔNICOS
Antes
de Napoleão, a região de fala germânica era formada por vários eleitorados:
1 – 1 Reino da Prússia,
2 – 4 Ducados (Áustria, Saxe, Baviera
e Brunswick),
3 – 3 Bispados (Colônia, Mogúncia e
Tréves)
4 – 20 Principados Eclesiásticos,
5 – 4 Abadias do Império,
6 – 1 Ordem Soberana,
7 – 20 Principados recentes,
8 – 94 Condados do Império,
9 – 42 Canonicatos do Império e
10 – 57 Cidades do Império.
Após
Napoleão foram reduzidos para 36 e só depois de Bismarck, em 1875, a maioria
foi agrupada formando o que hoje conhecemos como Alemanha
RAZÕES DA IMIGRAÇÃO ALEMÃ
Tivemos acesso a trabalhos de
pesquisa de Egydio Weissheimer, confrade no Instituto Genealógico do RS, IMIGRAÇÃO
ALEMÃ AO BRASIL
Pela sua magnitude, reputamos ser um
dos grandes clássicos da imigração alemã e aproveitamos a redescoberta da
canção do imigrante. Constava apenas a poesia em alemão e deixamos a nossa
colaboração: Encontramos a partitura, a canção cantada por um coro escolar na
Alemanha e mandamos traduzir a letra, procurando respeitar a métrica.
|
A CANÇÃO DO IMIGRANTE
A letra, em alemão estava no trabalho
do Egídio. A partitura e a canção encontramos pesquisando no google e mandamos
traduzir.
PARTITURA
Nun ade, du mein lieb Hematland.
Refrão: Nun ade, du mein lieb
Heimatland
lieb Heimatland ade. Es geht jezt fort zum fremden Strandt,
lieb Heimatland ade!
1.Und so sing ich denn mit frohem
Mut,
wie man singet wenn man wandern tut,
lieb Heimatland ade!
2. Wie du lachst mit deines Himmels Blau,
Wie du grüssest mich mit Feld und Au
lieb Heimatland ade!
3. Gott weis, zu dir steht mein Sinn,
doch jetzt zur ferne ziehts mich hin,
lieb Heimatland ade!
4. Begleitest mich, du leiber Fluss,
Bist traurig das ich wandern muss,
lieb Heimatland ade!
5.Vom Moos’gen Stein und Wald’gen tal,
da grüss ich dich zum letzten mal,
mein Heimatland ade!
Obs:
Moos’gen = Moosigen = coberto de musgo
walt’gen = waldigen = coberto de mato
Link da canção: : http://www.youtube.com/watch?v=wB7-uD5rBhA
Para ouvir a canção, pressionar Ctrl e apontar e clicar a seta do mouse no link
Se tiver curiosidade, clique também outras canções e músicas no mesmo local
TRADUÇÃO DA CANÇÃO DO IMIGRANTE
Solicitamos
que Arnilo Brönstrup traduzisse o teor
em alemão para o português e recebemos a seguinte resposta:
Meu caro Leandro,
A canção “Nun ade, Du mein lieb Heimatland” é um Lied composto no século 18 pelo estudante de teologia August Desselhoff na cidade de Amsberg, e se tornou tão popular, que se tornou matéria escolar, e é conhecida em todo o mundo. Desselhoff fazia parte de um grupo de rapazes que fazia caminhadas e excursões na sua cidade Natal, e quando aos 18 ou 19 anos teve que se mudar de cidade, para estudar teologia (tornou-se pastor protestante) compôs esta canção, que hoje tem um monumento em sua cidade. Ela contem termos ou palavras que são nitidamente locais da Westfália, como AU, Moos’gen e Wald’gen Tal etc.
Como podes ver, ela não foi composta para os emigrantes, era uma despedida para a cidade natal e os amigos, mas se tornou tão popular entre os emigrantes, considerando-a , como seu hino. Tenho um amigo em Porto Alegre, Horst Märtin, que me contou uma história muito triste a respeito desta canção. O Horst perdeu o pai na ultima guerra, quando esta terminou era um menino de parece-me 6 anos. Pouco depois faleceu a mãe. Ele foi entregue a um tio. A seguir toda família emigrou para os Estados Unidos, o tio resolveu vir para o Brasil, e o Horst junto. No momento que passaram pelo cabo na saída do porto, todos os emigrantes estavam no deck, cantaram esta canção, no meio de muito choro.
Versão obtida com dois tradutores: Stefan Martin Robert Wenzel e Arnilo Brönstrup.
(Obs.: O refrão é cantado no início de
cada estrofe).
Refrão: Agora adeus, você, minha querida
pátria
Pátria querida adeus. Agora é na terra estrangeira
Pátria querida adeus!
1. E assim eu canto com felicidade e alegria,
assim como se canta quando se peregrina.
Pátria amada adeus.
2. Como você está sorrindo com o azul do céu
Como você me saúda com os campos e riachos.
Pátria amada adeus.
3. Deus sabe, meus sentimentos estão contigo,
Porem agora o distante está me chamando.
Pátria amada adeus.
4. Me acompanha, meu querido rio
que estás triste que eu me deva ausentar.
Pátria amada adeus.
5. Da pedra com musgo e do vale com matas,
eu mando lembranças para ti, pela ultima vez.
minha pátria adeus.
O
CAPITÃO MIGUEL E A HISTÓRIA DE UM RIO
O IMIGRANTE
Lembranças da viagem, rebuliço,
despedidas, bagagens, carroças, pequenos barcos e por fim, um veleiro, o brigue
Hanseat que o conduzira ao Novo Mundo, ao Brasil. Trouxe no coração, a
esperança, a coragem e o desejo de trabalhar para alcançar a prosperidade.
Venceria.
Seu pai, Sebastian, adquirira uma colônia de terras virgens, lote 13, na
margem direita do rio Cai, no lugar denominado Linha Feliz, um pouco ao norte
do Porto dos Guimarães, que mais tarde se chamaria São Sebastião do Caí.
Estabelecida a família e iniciados os trabalhos, verificaram com
orgulho, que a terra generosa retribuíra o trabalho regado com suor, garantindo
colheitas abundantes. Prosperaram. No Brasil, ainda nasceriam mais dois
irmãos.
Uma geração mais tarde, exatamente 26 anos depois, tornou-se necessária
a divisão da família e nova migração. Muita gente para pouca terra e novos
horizontes. Deixara na propriedade primitiva, com restante dos seus filhos
administrando a lavoura, uma atafona para a fabricação de farinha de mandioca,
uma destilaria de aguardente e um curtume. Partira para novos rumos e novos
investimentos produtivos. Esse brasileiro por opção, bilingue, era um criador
de riquezas. Os pioneiros aparecem
quando são necessários, no local e momento certo. Miguel foi um deles.
Em Estrela, às margens do rio Taquari, havia
uma grande fazenda de gado, de propriedade do sesmeiro Coronel Antônio Vitor de
Sampaio Menna Barreto, fundador do núcleo urbano de Estrela. A sede era um
casarão conhecido como “sobrado”, hoje na rua Dr. Tostes 320, onde está a
residência e museu do casal Gisela e Dr. Werner H. E. Schinke. O imóvel foi
comprado por Miguel Ruschel em 1872. Junto com a sede, comprou extensos tratos
de terra que colonizava e fazia exploração agrícola. Uma promessa de futuro.
Sobrado
Foto José Alfredo Schierholt
Sob sua supervisão, os três filhos Nicolau,
Mathias Sobrº e Francisco Xavier, abriram uma casa comercial, conjugada com uma
hospedaria. Foi o ponto de comércio onde
gravitaria a colônia em formação. Os negócios se desenvolveram.
Enchente em 1912: - Praça da matriz
em Lajeado
Foto: José Alfredo Schierholt
A
NAVEGAÇÃO FLUVIAL
Em 9 de fevereiro de 1904,
os três irmãos iniciaram uma empresa fluvial de transporte de carga entre
Muçum, portos intermediários e Porto Alegre. Compravam os produtos coloniais e
os transportavam e vendiam em Porto Alegre. Na volta, traziam as mercadorias
necessárias ao sortimento de seu comércio.
Comércio, hospedaria e empresa de navegação
levavam o seu sobrenome.
Vapor Estrella - Navegação
Ruschel Irmãos.
Iniciada com pequenas embarcações,
a empresa foi crescendo em volume, anexando mais barcos na medida da
necessidade. Na sequência, adquiriram o vapor de luxo Estrella por 20 contos de
réis. Com outras 6 embarcações – lancha à vapor Caxias e lanchas Stella,
Julieta, Flor Encantado, Tília e Sete Canoas completaram a frota. As
embarcações eram operadas com competência pelos descendentes dos açorianos
ribeirinhos, que conheciam o rio como a palma da mão. Sempre viveram do rio.
HOMEM DE VISÃO
Miguel legou esse valor a seus
filhos que construíram em Muçum, ponto final de navegação do rio Taquari,
instalações portuárias, trapiche, machambombas, espécie de elevador de carga,
acionado por cavalo ou muar e depósito de mercadorias. Montaram refinaria de
banha e uma fábrica de latas por 5 contos. A banha, na época, denominada de
“ouro branco”, era adquirida dos colonos que abatiam suínos para seu sustento alimentar
e vendiam o excedente da gordura. A refinaria e a fábrica de latas, juntas, se
situavam na periferia da vila.Talvez as primeiras indústrias locais. Era
necessária área maior para a circulação e estacionamento das
carroças e muares
de carga que traziam a banha bruta para a indústria de beneficiamento,
depósito de lenha para a caldeira que acionava a maquinaria e produzia o calor
para o aquecimento da gordura. Refinada por decantação natural e filtrada, a
banha era “batida” mecanicamente e enlatada. Identificamos as ruínas da refinaria
e da fábrica de latas, ao sul da vila, em frente e do outro lado da estrada do
Moinho Tombini, atual proprietário das terras. A chaminé quadrada, ainda de pé,
foi demolida lá por 1966.
Adquiriam uma sede e porto em Estrela,
por 3,5 contos e construíram um trapiche em Bom Retiro do Sul, por 3 contos.
Gasolina e Chata
Foto:
José Alfredo Schierholt
CAPITÃO MIGUEL RUSCHEL
Miguel tornou-se conhecido como
“Capitão Miguel”, talvez para diferenciá-lo de outro Miguel ou por consideração
regional, respeito, liderança e criatividade.
Miguel era um homem de ações
decisivas e enfrentou consequências que permaneceram na memória dos seus
descendentes. Entre os portos de
Estrela e Cruzeiro do Sul, havia um rochedo que aflorava bem no meio do rio, no
canal de navegação e responsável por vários naufrágios. Tinha até o apelido de
“Feiticeira”, temida e conhecida pelos pilotos dos barcos fluviais. Em vão,
tentativas foram feitas junto aos órgãos públicos que administravam os caminhos
do rio. Era necessário dinamitar a rocha.
Como as autoridades protelaram e nada fizeram, o Capitão Miguel,
audacioso, por sua conta e risco mandou dinamitá-la, desobstruindo o rio. Assumiu
as responsabilidades e terminou sendo obrigado a efetuar o pagamento de uma
vultosa multa aos cofres do erário. Em recurso na esfera judicial e defendido
pelo advogado Dr. Adroaldo Mesquita da Costa, terminou com sentença favorável,
mandando o Estado devolver a quantia. O Capitão Miguel, recusou-se a recebê-la
e destinou-a a uma instituição de caridade. Esta história já foi contada cerca
de 30 anos atrás, em artigo de outro neto, Carlos Maria Ruschel, publicado no
Almanaque do Correio do Povo. Por essa razão, também a registramos aqui.
Transbordo para o vapor Itália
Foto: José Alfredo Schierholt
PIONEIRO DA NAVEGAÇÃO FLUVIAL
Bom Retiro era ponto estratégico no
rio Taquari. Era o último porto navegável o ano todo. Estava situado a 1 km à
jusante da maior cachoeira, com denominação óbvia de “Comprida”. Era ainda o
último porto a ser atingido pelas carroças de tração animal que traziam os
produtos da região de Teutônia e arredores. Logo após, havia o morro da
Pedreira, cujo aclive desestimulava o tráfego por rodovia. Por decorrência, Bom
Retiro era o lugar ideal.
Ao adquirir propriedade na beira do
rio em Bom Retiro em 1887, o pioneiro da navegação no rio Taquari, Jacob Arnt
iniciou as atividades fluviais e o porto foi crescendo quando outras navegações
também instalaram ao lado seus trapiches e armazéns. Isso trouxe salutar e
democrática concorrência. Havia lugar para todas as empresas familiares
existentes: Os filhos de Miguel, os Jasper, os Faller, os Sudbrack, Pedro
Isírio e mais algumas sem embarcadouro próprio.
A navegação fluvial atingiu seu auge
entre 1920 e 1940. Tudo dependia do rio.
COMO ERAM AS VIAGENS
Uma viagem de vapor ou de gasolina, de
Lajeado à Porto Alegre, para um menino como eu, era a suprema aventura. Se a
viagem fosse pelo vapor Osvaldo Aranha ou pela gasolina Cerro Branco, era
história para ser contada e repetida muitas vezes. Nos ouvidos ficava o
chaque-chaque das rodas do vapor ou o tuco-tuco do motor da gasolina. Dormir
nos camarotes ou nos beliches do salão e sonhos embalados pelo ruído das águas
que passavam, momentos jamais esquecidos.
No embarque, descia-se o barranco por uma escada
de madeira, estreita, entre os trilhos das machambombas. Dentro do barco,
movimento de pessoas e eficiência. No jantar ou almoço a bordo, sempre
galinhada e feijoada, com aqueles sabores inigualáveis.
Na chegada a Porto Alegre, um mar de
barcos atracados e um burburinho de gente atendendo seus afazeres. À noite, na
cidade, o pisca-pisca dos anúncios luminosos, deslumbrava.
Em 1922 começaram a surgir as primeiras fusões
e incorporações das pequenas empresas pelas maiores. Em um fato natural e
repetitivo.
No próprio linguajar citadino, as pessoas iam
“descer” para Porto Alegre e só “subiriam” dias após.
OS NOVOS NEGÓCIOS
Os três irmãos venderam suas
propriedades portuárias e barcos para a Cia. Navegação Arnt, pois já previam o
declínio da atividade. As três últimas navegações pequenas independentes, em
1932 se agruparam e formaram a Cia. Navegação Aliança para poder resistir por
mais tempo à competição e as dificuldades que se apresentavam. Ainda hoje está
em atividade, navegando na bacia do Guaíba e operando com granéis líquidos.
Adaptou-se o novo local e ramo. A Cia. Navegação Arnt, que no auge de sua
atuação de transporte de carga e passageiros, chegou a manter em atividade, 8
vapores (quatro deles de luxo), 9 gasolinas,
10 chatas e 30 embarcações pequenas, teve um final inglório. Potência fluvial, foi
definhando até encerrar as atividades, deixando centenas de pessoas
desempregadas, entre elas, muitos causadores da própria ruína. Talvez o próprio gigantismo tenha sido um
fator ponderável.
O rio, além de meio de transporte,
também era a cloaca das cidades e indústrias ribeirinhas, que utilizavam a água
e despejavam seus esgotos poluídos na corrente, sem tratamento algum.
Explorando
o Rio Taquari
Foto: José Alfredo Shchierholt
A DECADÊNCIA DO RIO TAQUARI
A decadência iniciou-se em 1941, com a grande enchente de maio, quando o
rio, já com suas matas ciliares dizimadas, sofreu grande assoreamento no canal
de navegação, afora a destruição dos armazéns, trapiches e machambombas.
O Governo reagiu proibindo o
desmatamento ciliar, mas em seguida permitiu que somente os marinheiros
pudessem fazê-lo e tudo continuou como antes.
Legislação federal passou a exigir que
cada barco fluvial tivesse o mínimo de cinco tripulantes e os pequenos barcos,
onde pai e filho ou irmãos navegavam, ficaram impedidos de trabalhar. O barco
perdeu toda a sua utilidade e não valia mais nada. Liquidaram com os pequenos.
A nova legislação trabalhista também
trouxe novidades. Por qualquer coisa, um
marinheiro não vinha trabalhar e o barco, carregado, não podia partir. Era
necessária a procura imediata dele ou de um substituto que seria aceito ou não
pelos demais. Os tripulantes deveriam ser pagos para navegar e não para
trabalhar. Em cada parada num porto, deveria ser paga uma hora de
extraordinário para todos. Nesses
portos, uma convenção e presença de uma bandeirinha indicava ao piloto se ali
deveria atracar. Mataram assim, dezenas de pequenos portos, conforme depoimento
oral de Elmo Sudbrack, mais conhecido por Chico.
Gasolina Cerro Branco –
Navegação Arnt
Foto: José Alfredo
Schierholt
QUEBRA DA DISCIPLINA
Alguns marinheiros relutavam
cumprir ordens emanadas do proprietário até que esse se humilhasse e pedisse
por favor.
Quebrada a disciplina, iniciou-se uma
fase cada vez mais crescente de furto de mercadorias a bordo, para desespero
dos proprietários da carga e transportadoras. Foi uma praga incurável e
contagiosa.
Vários frigoríficos de suínos, que
tinham a sua própria navegação praticaram uma concorrência predatória, foram
liquidando com os menos competentes e também se esvaíram. Não sobrou nenhum dos
originais.
Em meados de 1942, no período da ditadura
getuliana, os empresários de origem alemã começaram a ser perseguidos e
humilhados. Um barco, da Cia. Navegação Arnt, carregado, não conseguiu partir
do porto em Lajeado, porque os marinheiros se recusaram a fazê-lo, devido ao
nome da embarcação. Era Germânia. Pichado o nome, a gasolina iniciou a sua
viagem, desta vez pagã.
Alcançou-se o cúmulo do acinte, quando
legislação federal exigia que fosse paga à tripulação, quando entre a carga
houvesse vasos sanitários e urinóis novos ou papel higiênico, uma taxa de
vexame. Seria cobrada do proprietário
das mercadorias e distribuída no fim do mês para a tripulação de cada barco.
Mercadorias provocavam discussões se seriam ou não insalubres, e teriam ou não
direito a adicional no salário. Levava-se meio dia de trabalho burocrático para
concluir a folha de pagamento para um único marinheiro, até atender todas as
exigências legais. O fim do mês era um tormento.
Decepção e cansaço generalizado. Trabalhar já tinha se tornado
desgastante. O fim inevitável estava próximo.
Lancha a vapor pelo
Rio Taquari:
Foto: José Alfredo Shierholt
O RIO É ABANDONADO
Mesmo com estradas ruins, o ônibus de passageiros ou o caminhão de carga
foram desalojando o barco fluvial. Passageiros para Porto Alegre e vice-versa,
nunca mais.
A ponte de Mariante regularizou o
fluxo de mercadorias na
margem direita e o da
margem esquerda só com advento da BR 386. O rio, como fator de desenvolvimento,
morrera.
Findara-se um ciclo. Começara do nada
e assim terminara.
Hoje o rio represado serve de lago
para a prática de esportes aquáticos e turismo incipiente. Fizemos a viagem de
Estrela à Bom Retiro do Sul, por barco, utilizando a eclusa. Valeu a aventura.
A barragem eclusada de Bom Retiro do
Sul, já chegou tarde demais e é um monumento a um duvidoso planejamento, como
também o é o porto rodo-hidro-ferroviário quase deserto de Estrela.
Mais, a estrada de ferro de Passo Fundo via
Roca Sales à Estrela, uma obra arrojada de engenharia vê passar em seus trilhos
apenas um trem por dia. Restaram túneis
profundos e belíssimos viadutos, os mais altos e os menos transitados da
América do Sul. Não cumpriu a finalidade que dela se esperava.
Essa a odisseia, iniciada por
pioneiros, entre eles meu bisavô materno Miguel Ruschel. - O Capitão Miguel,
chegara a um fim melancólico em 1970. O Capitão Miguel Ruschel, idealizador da
Navegação Ruschel Irmãos, ficará para sempre na memória.
Não podemos esquecê-los. Fizeram a sua parte
na sua época.
Cidade beira-rio, Lajeado, bem situada no novo
eixo de transporte rodoviário, encontrou em seu meio, novos líderes e novos
rumos que diversificaram, reativaram a economia local, transformando-se em polo
regional de forma espetacular.
A história do rio Taquari tem que
ficar registrada com orgulho na memória. No passado, único meio de transporte e
colonização, constituiu, enquanto viável, elemento essencial ao progresso da
região do vale.
Fui funcionário durante 12 anos em
duas empresas industriais que também tinham navegação.
Referências bibliografias:
Pesquisa Google – Capitão Miguel
Ruschel
Ruschel - Família de Pioneiros –
Álvaro Armando Paes
Bom Retiro do Sul – sua história, sua
vida – Ellen Walkíria Eifler
Depoimento oral de Elmo Sudbrack
(Chico) – durante quase 30 anos funcionário da Cia. Navegação Aliança.
CRÔNICA PUBLICADA INTEGRALMENTE
NO JORNAL – A HORA DOS VALES - DE LAJEADO, NOS DIAS 2, 9, 16 e 23 DE JANEIRO DE
2010
RUSCHEL IRMÃOS EM MUÇUM
Temos seguras informações
das atividades em Muçum
e desejamos repassá-las, comprovando e localizando a refinaria de
banha.
Lá por 1962, fiz alguns trabalhos para
os Frigoríficos Nacionais Sul Brasileiros S/A, entre eles, a oferta de umas
terras de propriedade deles, situadas bem na frente do possível interessado,
Moinho Tombini, do outro lado da estrada. O local era chamado de “batedor de
banha”. Um pouco antes de chegar à Muçum, perto do rio Taquari.
Alem do potreiro, ainda viam-se ruínas
de uma esquina do prédio e uma chaminé quadrada, ereta ainda em seu lugar.
Durante muitos vezes que ali passamos vimos a chaminé, até que um dia todas as
ruínas tinham sido removidas
Era ali a refinaria de banha dos nossos
antepassados.
Não havia energia elétrica e a
maquinaria era movida a vapor de uma caldeira junto à chaminé. Inclusive as
bombas de recalque da banha aquecida líquida, chamadas “burrinhos” eram movidas
com pistões a vapor.
Cremos poder informar pelo menos, uma
sequência de proprietários: Ruschel Irmãos, Sindicato da Banha, que agrupou
todas as pequenas refinarias e Frigoríficos Nacionais Sul Brasileiros S/A, que
o sucedeu, que antes de extinguir-se e por nosso intermédio, vendeu as terras
para o Moinho Tombini.
Podemos aquilatar a visão
empreendedora do Capitão Miguel. Somente quem se dispusesse a adquirir toda e
qualquer produção agrícola ou pecuária, teria a fidelidade do colono. Não
bastava comprar milho, feijão, aves e ovos. Tinha que comprar tudo o que ele
produzira para vender e a banha excedente, originada do abate doméstico de suínos
tinha que ser vendida com urgência, antes que tornasse rançosa.
A banha não pode ser comercializada sem
um procedimento operacional de homogeneização e filtragem, antes de ser
enlatada e pudesse ser encaminhada ao consumidor. Para isso, eram necessárias
instalações industriais e transporte.
Aí se explica a fábrica de latas,
destinada à embalagem da banha, que não tinha outra maneira higiênica e segura
de ser transportada.
JOHANN
RUSCHEL
Fomos
surpreendidos pela descoberta de mais um Ruschel remoto e imigrante, além dos
que já conhecíamos, por uma crônica recebida de habitual parceiro de trocas de
informes sobre as famílias imigrantes, José Alfredo Schierholt. A crônica faz parte
do seu blog “Abrindo o Baú” em dezembro de 2013 e sugere que a participação de
João Ruschel na Guerra do Paraguai ainda terá que ser pesquisada. É o que
estamos fazendo e muito mais.
A crônica:
JOÃO RUSCHEL, herói na Guerra do
Paraguai
João Ruschel tinha o apelido de Moreno,
lutou na Guerra do Paraguai, em 1870. Talvez, a campanha bélica, maior parte na
Infantaria, deu-lhe a tez mais escura na pele. Como outros jovens,
possivelmente tenha sido forçado a participar dos combates, mas esta história
ainda terá que ser pesquisada
João foi um dos pioneiros em Santa Clara do Sul,
aonde chegou solteiro, em 1876. Nascido em 22-5-1849, em Gusenburg, na
Alemanha, com o nome de Johann, era filho de Johann Ruschel e Bárbara Lorig.
Casou-se em com Anna Noschang, nascida em 1856 e
falecida em 17-3-1920, em Rio Bonito - RS, filha de Jorge Noschang e de
Margareth Plein. O casal teve 12 filhos: Maria, João Nicolau, Josephine, José,
Leopoldo, Friedalina, Affonso, Bertholdo, Leontina, Amália, Katharina
Florentina e Reinholdo.
Em Santa Clara instalou um alambique, onde tinha
uma fonte de água conhecida por Mãe do ouro – expressão dada pelo
pesquisador padre Alberto Träsel no seu Álbum
do Centenário de Santa Clara do Sul 1869 – 1969, pg. 25. Servia
para abastecer a população vizinha em tempo de estiagem.
João Ruschel faleceu em Santa Clara, em 12-12-1926.
Foto de João Ruschel e
Anna Noschang
Comentários nossos:
Quando teve início a Guerra do
Paraguai, João tinha 16 anos. Ao seu final teria 21. Não cremos que ele tenha
emigrado sozinho com essa idade. Ele chegou à Santa Clara em 1876 e tinha 27
anos.
O Capitão Miguel Ruschel. nosso
bisavô materno, iniciou a colonização de Estrela em 1872 e só mais tarde adquiriu
parte do latifúndio de Laura Centeno de Azambuja em Lajeado (casa do morro em
Cruzeiro do Sul até arredores de Lajeado) e loteou-as em Santa Clara. A chegada
de João ao Brasil e Santa Clara deve ter ocorrido no início desse segundo
loteamento rural, paralelo a outros também existentes nas imediações.
Não cremos que ele tenha lutado na
guerra do Paraguai, pois não era brasileiro nato nem naturalizado e não poderia
ser convocado.
Não encontramos a data de sua chegada
ao Brasil. Ele deve ter vindo diretamente da Alemanha para Santa Clara e era um
neto de um irmão do nosso imigrante Sebastian Ruschel, por tratativas do seu
filho, o Capitão Miguel. O pai dele, Johann Ruschel (igual ao filho) 1815, era
mais um irmão do nosso antepassado imigrante Sebastian Ruschel.
Igualmente, constatamos a existência
de outros três irmãos que também permaneceram na Europa: Maria Katharina, 1807;
Ângela, 1811 e Adam Ruschel 1818.
A
informação de que lutou em 1870 também não deve proceder. A guerra do Paraguai
já terminara em 1869, e apenas um último e pequeno combate, o da morte de
Solano Lopes em Cerro Corá, em 1º de março de 1870 formalizou o fim da guerra.
Apenas um modesto corpo de cavalaria participou. Os “Voluntários da Pátria” já
vinham retornando ao Brasil no início de 1870.
No
livro “Alemães e Descendentes de Alemães na Guerra do Paraguai”, do Dr. Klaus
Becker, nenhum Ruschel está nominado entre os mais de 700 filhos de colonos
alemães que foram ao Paraguai, dos quais apenas cerca de 70 regressaram
incólumes. Encontramos três voluntários de sobrenome Diehl, de Lomba Grande e
São Leopoldo. A tradição oral da
família tem de ser acatada e corrigidos eventuais erros que o tempo se
encarrega de permitir.
Cremos sim, que ele também deva ter
participado do combate de Santa Clara (Maragaten Krieg) contra os atacantes que
se denominavam maragatos na revolução de 1893, em 8 de maio de 1895. Esses
pseudo maragatos eram alheios ao comando da Revolução e independentes. Não passavam de assaltantes e ladrões Tema
objeto de outra crônica nossa e do livro de Theodor Firmbach. A História
registra nomes de 50 moradores de Santa Clara que pegaram em armas na defesa da
vila, entre eles quatro Ruschel – Miguel, Antônio, Reinoldo e José Ruschel e
alem de José Diehl, comandante, mais João Dill. É lógico presumir que outros
colonos prestassem o seu concurso na luta. Por quê João Ruschel não? A tradição
oral sempre tem alguma verdade.
Essa deve ser a origem da confusão na
tradição oral. Nem por isso, deixou de
ser um herói a ser reverenciado.
A existência de mais um Ruschel no
despertar de Santa Clara, foi, sem dúvida, resultado de ações do nosso Capitão
Miguel Ruschel, que após ter adquirido extensas áreas de terra em Estrela, para
loteamento rural, fez o mesmo no município de Lajeado, onde pelo menos, um
filho seu e parentes dele, Diehl, foram morar em Santa Clara. João Ruschel deve
ter partido para o Brasil a convite do Capitão e com destino certo. Chegou
solteiro, e deve ter morado e trabalhado na propriedade de um primo, até que,
casando, tivesse a possibilidade de adquirir sua própria terra. Seria demasiada
coincidência ele ter vindo por acaso para Santa Clara. Sua esposa era filha de
um dos primeiros moradores de Lajeado.
Gusenburg é uma pequena localidade na
região do Rhein-Pfalz. Tinha cerca de 1.100 habitantes em 2008. Se situa
exatamente no caminho entre Mühlfeld e Trier região de passagem de Sebastian
Ruschel em suas viagens de transporte de passageiros. Mais uma razão em acreditarmos em parentesco
e vinda programada pelo Capitão Miguel. Facilmente encontramos a localidade nos
mapas. Fomos direto para a região dos Ruschel nos arredores de Mühlfeld e lá se
encontrava.
Fica assim, explicada a existência de
tantos Ruschel em Santa Clara, o que, deveras nos tinha surpreendido. São todos
nossos parentes.
Assim, partindo de informações
primárias e seguras de J. A. Schierholt, conseguimos construir a comprovação de
parentesco. Conhecíamos a tradição oral de que apenas uma família Ruschel
emigrara para o Brasil. Continua sendo verdade.
Iremos procurar descendentes de
Johann Ruschel e sua esposa Anna Noschang em Santa Clara do Sul. Talvez
encontremos um que se disponha a procurar a genealogia dele. Não vai ser fácil.
Mais tarde, descobrimos que Johann
viajou para o Brasil em companhia de uma irmã. Ele tinha a tez morena,
simplesmente porque era o condutor da carruagem de passageiros e recebia todas
as intempéries no corpo, pois a boleia não tinha cobertura.
CARTA AOS RUSCHELINOS
Porto Alegre, 23 de
dezembro de 2013
Alô parente
Chegamos ao
fim de mais um ano, que se revelou ser bastante fértil no campo da genealogia e
da história da família Ruschel.
Ampliamos bastante a nominata dos
antepassados remotos, conseguimos encontrar as datas de nascimento de muitos
outros, que permitiram conhecer as posições nas famílias e certificar que
estavam no lugar adequado nos quadros genealógicos. Corrigimos um casal que
estava fora de lugar.
Identificamos
mais ações de desbravamento do nosso líder Capitão Miguel, que alem de ter dado
início ao povoamento de Estrela, também o fez por compra de terras virgens de
proprietária de latifúndio na margem direita do rio Taquari, na época município
de Lajeado e hoje município de Santa Clara do Sul.
Não só loteou como fez o
povoamento com seu filho Miguel Ruschel Sobrº, cc Cristina Simon (17 filhos) e
com os cunhados Diehl de seu filho Mathias Ruschel Sobrº.
O Capitão Miguel
também trouxe diretamente da Alemanha, um neto do seu tio que permaneceu na
Europa, de nome Johann (1849), que chegou solteiro aos 27 anos em 1976. Ele
casou com a filha de um dos primeiros povoadores do município de Lajeado. Era
um filho de outro Johann Ruschel (1815), que sucedeu Sebastian nas atividades
de transporte de passageiros entre Mühlfeld e Trier.
Nas pesquisas,
fomos surpreendidos com encontro da história do transporte rodoviário, pela
descoberta de fotografia da carruagem de passageiros de Sebastian, bem
diferente do que todos imaginavam. Tinha três bancos para 4 ou 5 passageiros
cada um, talvez 12 ou 15 pessoas ao todo. Deveria ser tirada por três parelhas
de cavalos. A foto fala sozinha e segue abaixo. Na inicial do texto, duas datas
1846, 1876 que contam a história. É só interpretá-las: Sebastian teve o seu
primeiro filho em 1829. Quando casou, já teria a profissão de transportador
coletivo de passageiros. Nessa atividade permaneceu até 1846, quando veio para
o Brasil. Sebastian vendeu seu negócio de transporte rodoviário para Ruschel
& Heberle. Seu sobrinho e mais um sócio. Permaneceram na atividade até
1876, quando o Johann Ruschel 1815, enviou para o Brasil seu filho Johann 1849,
a convite do Capitão Miguel, para adquirir um lote de terras agrárias em Santa
Clara do Sul. O que sucedeu mais tarde, não sabemos. Certamente outro adquiriu
o direito de transporte e o acervo da transportadora. Provavelmente um parente.
Na quase
inacreditável foto, a carruagem “de luxe”, com o sobrinho-neto e sucessor de
Sebastian na boleia, o João Moreno. Assentos com proteção lateral, cobertura,
estribo e paralamas
Sebastian deve ter
chegado ao Brasil com dinheiro no bolso, diferentemente dos demais imigrantes
da época.
Igualmente,
encontramos um mapa da região, onde aparecem Gusenburg, Treves (Trier) a
noroeste e Primstahl a sudeste, local próximo a Mühlfeld e Scheuern que, de tão
diminutos, nem aparecem no mapa.
Também tivemos
insucessos; Não conseguimos descobrir o prenome do Ruschel, casado com Ida, nem
o sobrenome de solteira dela. Seguramente era uma viúva. Na época na Alemanha e
no Brasil até o casamento das filhas de Mathias Ruschel, as mulheres “perdiam”
seu sobrenome paterno e passavam a usar só o do marido. Na certidão de
casamento de minha mãe, Flávia Ruschel, consta: passará a assinar-se Flávia
Lampert. Daí o nome Ida Ruschel.
Montamos também um
quadro genealógico que segue em email separado. Apresenta todos os nomes
remotos até a geração 7. Poderá ser ampliado e é uma base concreta para futuros
trabalhos de cada família em particular. Basta seguir o mesmo esquema.
Ampliamos a
presença de mais famílias Ruschel, mas algumas preferiram se omitir. Aceitamos
a decisão.
Um Feliz Natal,
saúde e fartura no Ano Novo.
MAIS
HISTÓRIAS RUSCHELINAS
Um dia, levei
minha mãe para visitar a tia Stella na casa de sua filha em Porto Alegre. Entre
as conversas, ela contou-nos história repassada por tradição oral que recebera
dos seus antepassados.
Achei-a muito
interessante, mas atendi à recomendação de minha mãe de não divulgá-la. Agora,
passado quase meio século e em face de ter descoberto nomes e datas que, no meu
entender, dão nexo e corroboram o fato, resolvi divulgá-la com as conclusões a
que cheguei.
Havia na vizinhança uma moça, que
eventualmente prestava serviços na casa do Michael e apareceu grávida. Reboliço
na aldeia. Logo o responsável foi identificado: O filho mais velho do segundo
casamento de Michael, cujo nome não conseguimos encontrar.
Marcou-se o
casamento dos jovens, para honrar os compromissos naturais entre as duas
famílias, porém, antes da boda, o noivo veio a falecer.
Nasceria vivo ou não
o neto do Michael. Nasceu vivo e o problema permaneceu. Dentro da lógica dos
costumes de dignidade social, Michael convenceu seu segundo filho, nosso bisavô
Sebastian a desposar a mãe de seu neto e reparar a honra das famílias. Conseguimos descobrir a data do casamento,
janeiro de 1833, um mês antes do nascimento do filho de Sebastian e Anna Maria
Mayer (1808), Michael Ruschel (1833), quando o primogênito da Anna Maria Mayer
já tinha quase três anos de idade e se chamaria João Nikolaus Ruschel (1829),
legitimado como filho do Sebastian e Anna Maria Mayer. O fato ocorreu quase
dois séculos atrás. Comprovamos o fato com os registros do livro Familienbuch
Primstal recém disponível. Fomos tentados
a encontrar o pai biológico de João Nikolaus Ruschel – enigma de dois séculos –
baseados na lógica e tradições familiares. Cremos que conseguimos. Sebastian
Ruschel (1909) não tinha irmãos mais velhos que poderiam sê-lo, restam os
filhos de seu pai Michael (1751) em seu primeiro casamento com Margareth Zobel
(1760): Mathias (1787), Michael (1789/1847), Peter (1792), Nikolaus (1794) e
Peter Joseph (1798) – vide ¨Descendants of Ida¨, bem no início.
Michael
era filho de Nikolaus e dera a um de seus filhos também o mesmo prenome e nada
mais natural que repetisse o mesmo, precedido pelo prenome João (Johann)
Nikolaus para diferenciá-lo e homenagear seu filho Nikolaus (1794) precocemente
falecido antes do nascimento de João Nikolaus (1929). Ele tinha 34 anos de
idade. João Nikolaus era filho biológico de seu irmão Nikolaus (1794). Daí as
reticências de Sebastian, que terminou registrando João Nikolaus como seu filho
legítimo com Anna Maria Mayer (1808).
THE
HISTORICAL RESEARCH CENTER
HISTÓRIA DO NOME DA FAMÍLIA
RUSCHEL
O sobrenome alemão Ruschel creem
os etimologistas, ter duas origens.
Em primeiro lugar, o sobrenome
Ruschel origina-se ou é derivado do nome de um ancestral, do nome
do pai do primeiro portador. Neste sentido o sobrenome Ruschel é uma
variação do sobrenome Rueschle(in), uma forma derivada do sobrenome
Ruesch, do nome próprio Rudolf.
Em
segundo lugar, o sobrenome Ruschel tem uma origem local, por uma característica
específica, tanto elaborada pelo homem ou próprio de onde o portador original
viveu ou possuía suas terras.
Aqui o sobrenome Ruschel é considerado
"flurname") significando o nome para um pedaço especifico, determinado
de terra, palavra da Média Alta Alemanha, "rusch indicando terra molhada,
úmida”. A palavra alemã "rusch" significa também uma
espécie de salgueiro, portanto referindo-se então a "alguém que reside
próximo ou onde os salgueiros crescem".
Referências sobre este sobrenome ou a uma variante
inclui o registro de Berchtold Rueschli, um cidadão de Ueberlingen em
1329. Um Rueschi Herbert e Rueschi Herbest, irmãos de Neuenburg em
Muellheim, estão registrados em 1345. Uma família de Ravensburg era
cortadora de madeira (ou lenhadores), onde registros de 1482 mostram um Jacob Ruess, que estabeleceu-se em Bern
em 1510. A familia desenvolveu-se completamente no século 16 sob o
nome de Ruesch. Registros de 1338 de Otterswein em Baden mostram
"quatro acres legados pelos Ruesch", significando quatro acres
localizados nos juncos. Uma milha circular dita Riusche de Mimmenhausen em
Ueberlingen foi mencionada em registro datados de 1254.
O seguinte brasão de armas representa a prática
heráldica de chanfradura pela colocação da figura (ou divisa) no brasão, o qual
desempenha como um jogo de palavras referente ao nome.
BRASÃO DE
ARMAS - Azul celeste, sobre colinas de três sinoplas verdes, das quais emergem
três salgueiros, pedúnculos e folhas verdes.
ELMO –
Entre dois chifres de búfalo, alternando entre prata e azul, a flor do
salgueiro prateada, ramos e folhas verdes.
ORIGEM
- ALEMANHA.
Estampa do Brasão e Nome Histórico da Família Ruschel,
gentileza de Carmen Elisabeth Hanquet, oitava geração Ruschel.
Traduções
do inglês para o português:- Leandro Carlos Lampert e
Carmen Elizabeth Hanquet
LEANDRO LAMPERT
Historiador