sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Os Ruschel - 04


MAIS HISTÓRIAS RUSCHELINAS

                 Um dia, levei minha mãe para visitar a tia Stella na casa de sua filha em Porto Alegre. Entre as conversas, ela contou-nos história repassada por tradição oral que recebera dos seus antepassados.
                 Achei-a muito interessante, mas atendi à recomendação de minha mãe de não divulgá-la. Agora, passado quase meio século e em face de ter descoberto nomes e datas que, no meu entender, dão nexo e corroboram o fato, resolvi divulgá-la com as conclusões a que cheguei.
                Nosso trisavô Michael Ruschel (1751), viúvo desde 1803 e sua segunda esposa Maria Falck (1772) devem ter tido mais um filho, o primogênito, além dos nomes que conseguimos descobrir, uma filha antes de Sebastian e mais uma filha e dois filhos após. Conferir no Descendants of Ida Ruschel em anexo.
              Havia na vizinhança uma moça, que eventualmente prestava serviços na casa do Michael e apareceu grávida. Reboliço na aldeia. Logo o responsável foi identificado: O filho mais velho do segundo casamento de Michael, cujo nome não conseguimos encontrar.
               Marcou-se o casamento dos jovens, para honrar os compromissos naturais entre as duas famílias, porém, antes da boda, o noivo veio a falecer.
               Nasceria vivo ou não o neto do Michael. Nasceu vivo e o problema permaneceu. Dentro da lógica dos costumes de dignidade social, Michael convenceu seu segundo filho, nosso bisavô Sebastian a desposar a mãe de seu neto e reparar a honra das famílias.  Conseguimos descobrir a data do casamento, janeiro de 1833, um mês antes do nascimento do filho de Sebastian e Anna Maria Mayer (1808), Michael Ruschel (1833), quando o primogênito da Anna Maria Mayer já tinha quase três anos de idade e se chamaria João Nikolaus Ruschel (1829), legitimado como filho do Sebastian e Anna Maria Mayer. O fato ocorreu quase dois séculos atrás. Comprovamos o fato com os registros do livro Familienbuch Primstal recém disponível.
               Este interregno explica e justifica a tradição oral contada pela tia Stella. Sebastian não deve ter recebido de bom grado a incumbência. Relutou, mas terminou por aceitar a decisão da família Ruschel. Casou em 2 de janeiro de 1833, um mês antes de nascer seu filho Michael.
              Recebemos como colaboração, o teor de uma segunda versão da história, que não contradiz o que afirmamos. Não vale a pena registrá-la aqui.
               Não encontramos razões para esconder a história para os descendentes do Sebastian e sim admirar a rígida noção de responsabilidade da moral dos habitantes  da região. Pelo menos o nosso primo Alvinho também era conhecedor do fato, segundo me revelou.
               Cada um dos que receberem esta história, decidirá se a redistribuirá aos demais parentes, como tem reenviado as outras crônicas que tenho mandado por email.  Eu a estarei enviando para os da família Lampert. 















THE HISTORICAL RESEARCH CENTER

HISTÓRIA DO NOME DA FAMÍLIA RUSCHEL

             O sobrenome alemão Ruschel creem os etimologistas, ter duas origens.
             Em primeiro lugar, o sobrenome Ruschel origina-se ou é derivado do nome de um ancestral, do nome do pai do primeiro portador. Neste sentido o sobrenome Ruschel é uma variação do sobrenome Rueschle(in),  uma forma derivada do sobrenome Ruesch, do nome próprio Rudolf.
Em segundo lugar, o sobrenome Ruschel tem uma origem local, por uma característica específica, tanto elaborada pelo homem ou próprio de onde o portador original viveu ou possuía suas terras.
 Aqui o sobrenome Ruschel é considerado "flurname") significando o nome para um pedaço especifico, determinado de terra, palavra da  Média Alta Alemanha, "rusch indicando terra molhada, úmida”. A  palavra alemã "rusch"  significa também uma espécie de salgueiro, portanto referindo-se então a "alguém que reside próximo ou onde os salgueiros crescem".
       Referências sobre este sobrenome ou a uma variante inclui o registro de Berchtold Rueschli, um cidadão de Ueberlingen em 1329.  Um Rueschi Herbert e Rueschi Herbest,  irmãos de Neuenburg em Muellheim, estão registrados em 1345.  Uma família de Ravensburg era cortadora de madeira (ou lenhadores), onde registros de 1482 mostram um  Jacob Ruess, que estabeleceu-se em  Bern em 1510.  A familia desenvolveu-se completamente no século 16 sob o nome  de Ruesch. Registros de 1338 de Otterswein em Baden mostram "quatro acres legados pelos Ruesch", significando quatro acres localizados  nos juncos. Uma milha circular dita Riusche de Mimmenhausen em Ueberlingen foi mencionada em registro datados de 1254.
       O seguinte brasão de armas representa a prática heráldica de chanfradura pela colocação da figura (ou divisa) no brasão, o qual desempenha como um jogo de palavras referente ao nome.
  BRASÃO DE ARMAS - Azul celeste, sobre colinas de três sinoplas verdes, das quais emergem três salgueiros, pedúnculos e folhas verdes.
 ELMO – Entre dois chifres de búfalo, alternando entre prata e azul, a flor do salgueiro prateada, ramos e folhas verdes. 
 ORIGEM  -  ALEMANHA.
 Estampa do Brasão e Nome Histórico da Família Ruschel, gentileza de Carmen Elisabeth Hanquet, oitava geração Ruschel.

Traduções do inglês para o português:- Leandro Carlos Lampert e                                                                 Carmen Elizabeth Hanquet.       

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