sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Livro - Os Lampert (Origens) 04

                  
8) KARL LAMPERT, 17.11.1826, ourives, casou com Catarina Kruel, de São Leopoldo, filha de Karl Ludwig Wilhelm Kruel e Juliana Bier, de Oberstein. Este casal teve 18 filhos. A família Kruel emigrou no mesmo navio e data. Karl faleceu em Montenegro em 20.02.1911. Catarina nasceu no Brasil em 30.01.1835 e faleceu em Montenegro em 05.11.1911. Localizamos seus túmulos. São os únicos imigrantes de quem encontramos fotografia.  Pela sua profissão, Karl radicou-se em Taquari onde exerceu seu trabalho. Lá nasceram seis filhos batizados evangélicos. Em 1860 foi para a região de São Martinho, distrito  de Santa Maria, hoje município  de São Martinho da Serra,  onde adquiriu propriedade rural. Seus doze filhos lá nascidos foram batizados católicos por não existir igreja evangélica na localidade que era habitada por proprietários de origem portuguesa.
                    Karl Lampert (1ª emigração, filho 8) e Catharina Kruel, brasileira


Na região, em Quevedos. município vizinho de São Martinho da Serra, separados pelo rio Toropi, reside ainda um  descendente, o pecuarista Pedro Ivo Costa Lampert, por duas vezes prefeito do município.
                                           

                    Foto de cinco dos 18 filhos de Karl Lampert e Catharina. Sentados, da esquerda para a direita, Amândio Fidêncio e Jacob Carlos. De pé.Leopoldo (nosso avô), Christiano Sezefredo e Anatólio

9) JULIANA - 07.06.1829, nascida no Brasil e falecida provavelmente na mesma data, juntamente com sua mãe.
           
               Se o imigrante Johann Jacob Lampert assim o desejasse, não poderia ter criado maior confusão de nomes. A solução foi digna de uma história de Agatha Christie e a exatidão foi conseguida pela obtenção dos nomes dos cônjuges e datas de nascimento.
            Radicaram-se todos no município de Dois Irmãos.
            Mostramos fotografia da residência dos avós do nosso emigrante em Niedereisenbach, evidentemente restaurada e ainda habitada, construída  em 1805. No portão com arco românico, lê-se "1805 P. L.". Assim como seu filho Jakob, Peter não usava o prenome Johann. Pelo tamanho da casa e apresentação, verifica-se que era uma família relativamente abastada. Não existem mais Lampert em Niedereisenbach. Hoje, a casa ancestral é habitada por uma descendente das mulheres Lampert, casada que fora com o Sr. Fickeis. Procurada, sequer permitiu a entrada de Robert Donald Lambert. Ele foi atendido pela senhora idosa apenas por uma pequena fresta na porta, mesmo estando ele acompanhado por um morador local, conhecido dela há anos. Grosseria inacreditável para nós brasileiros.


                                       Casa de Johann Peter Lampert em 1988

         O que teria motivado o êxodo de todos os membros de uma família que residiu no local tantos anos? A própria aldeia também não progrediu em 300anos. Acreditamos que a terra, de tão exaurida pelo contínuo plantio, sem adubação e sem técnica tnha sido a causa do êxodo dos agricultores que se encaminharam para o novo mundo. A destinação da terra, hoje separando áreas para a lavoura nos planos e silvicultura nas encostas é o melhor indício.
          Foi a imigração que deixou maior número de descendentes e espalhou-se pela maior área. O filho de Friedrich Wilhelm, Carl Michel e dois de seus filhos, Johann Friedrich Lampert, e Clemens Peter permaneceram na primeira etapa de migração interna (Brochier). Johann Friedrich (o neto), casando-se com Henriqueta Pereira de Araújo, de ascendência açoriana, converteu-se para a religião católica, hoje praticada por todos os seus descendentes. Pelos casamentos de seus filhos também com descendentes de açorianos na região de Tabaí (no antigo município de Taquarí) e  endogamia pela lado materno, quase perderam suas características germânicas.  Todos os demais, com a excepção de Johannes, que foi para Arvorezinha e adotou a religião católica, transferiram-se para as chamadas “colônias novas”, Carazinho e arredores e permaneceram evangélicos até hoje. Perderam o contato com os descendentes dos irmãos que ficaram. É bem provável que a troca de religião tenha sido motivo de desgosto e afastamento entre eles. Somente com o nosso trabalho voltaram à se descobrir. O tempo decorrido anulou quaisquer resquícios de mágoas recíprocas.
           Constatamos que Carl Michel, desejando que a pequena vila a ser criada perto de Brochier, se situasse em suas terras, cedeu área para o futuro cemitério. Foi o  primeiro a ser lá sepultado. Como a comunidade, mais tarde, escolheu outra área para a pequena aldeia, seu filho remanescente no local, Johann Friedrich, desenterrou-o e levou seus despojos para o cemitério de Batinga, próximo à vila de Brochier, em represália pela mudança de local da pequena comunidade. Fotografamos o túmulo.
            Brochier foi uma etapa importante na migração interna que se processou na família, tendo permanecido por muito tempo ignorada por nos e pela atual geração local.  

Igreja evangélica de Niedereisenbach em 1988


          Um dos primeiros imigrantes alemães que se transferiram para a cidade de Triunfo, açoriana e católica foi Carlos Clemente Kersting, casado com Maria Catharina Lampert, 1a. imigração, 4o. filho. Tendo falecido um filho seu, tratou de sepultá-lo em Triunfo, onde havia apenas um único cemitério e católico. Foi impedido de fazê-lo, seria uma profanação de um local sagrado e teve que ouvir sem poder reagir: “Esses alemão protestante devia ser enterrado no banhado e não no nosso cemitério”. Carlos que tinha uma propriedade perto da cidade, na estrada que levava à Volta do Barreto, hoje subúrbio da cidade, sepultou seu filho nas suas terras e deu início a um novo cemitério, inicialmente só para evangélicos. Quando o cemitério católico ficou lotado, permitiu que católicos ali fossem sepultados. É hoje o cemitério administrado pela Prefeitura de Triunfo. O nome de Volta do Barreto, refere-se ao local onde o rio Jacui faz uma curva acentuada e a área era de propriedade da família Barreto, com quem suas filhas casariam. Carlos Clemente era ferreiro, profissão altamente valorizada na época, pois era um profissional absolutamente indispensável numa comunidade rural.  De elevado conceito e apesar de sua voz fanhosa, elegeu-se vereador.
            O emigrante Johann Jakob Lampert faleceu enregelado de frio em 19.07.1842, em viagem da Costa da Serra  (Dois Irmãos) para São Leopoldo, onde foi sepultado. Sua esposa Maria Bárbara faleceu de parto em Dois Irmãos em 07.06.1829.
            A felicidade tão esperada pelos emigrantes não se revelou para este casal. Seus descendentes a encontraram. 


SEGUNDA EMIGRAÇÃO


            Em 26.10.1848, JOHANN PETER LAMPERT, nascido em 1803 em Niedereisenbach e falecido em 28.05.1864. Embarcou em Antuérpia e viajou pelo navio belga Karel até o Rio de Janeiro, de lá para Porto Alegre pelo navio Continentista e de Porto Alegre até São Leopoldo pelo vapor Crioulo, juntamente com sua esposa Maria Sara Carolina Schütz, nascida em 25.08.1802 e falecida em 30.04.1884, em Colônia 16 - Travessão, Dois Irmãos, juntamente com seus sete filhos remanescentes
            Esse filho mais velho do genearca da 1ª emigração e sua esposa tiveram onze filhos nascidos na Europa, antes de partir para a grande aventura de ir para o Brasil.  Como seus pais, esse casal também  perdeu por falecimento 4 de seus filhos pequenos. Foi em busca de seus irmãos que estavam no Brasil, pois seus pais já haviam falecido prematuramente na nova terra. Reagruparam a família depois de 21 anos Temos em mãos cópia da ”Entlassungs-Urkunde”. Ele teria ficado com a propriedade da família em Niedereisenbach, de acordo com a lei de herança de terras em vigor, que para evitar o excessivo fracionamento da propriedade rural, a destinava exclusivamente para o filho varão mais velho. Os demais filhos nada recebiam.  Este também foi um dos motivos que levaram à emigração as famílias grandes. Ao chegar ao Brasil, assentou-se com sua família na propriedade que tinha sido do seu irmão Johann Adam (lote 25) que se transferira para Teutônia por ocasião de seu casamento.  Seus irmãos, já casados, tinham iniciado vida própria nas cercanias.           

Filhos do casal

PHILIPPINE, 1825-1825
CAROLINE, 1825-1825
CAROLINE, 1827-1848, falecida na viagem transcontinental.       
PETER, 1828-1834
FRIEDRICH, 1834-
           
            Veja-se a repetição de nomes entre irmãos, primos e tios.   Mantiveram o costume generalizado de dar aos filhos o mesmo nome de outro que já havia falecido anteriormente.
            Dos onze filhos lá nascidos, sete partiram na segunda emigração e só seis chegaram.

1)  PHILIPPINE LAMPERT, 15.04.1830 e 16.04.1888, cc Peter Blauth, 20.07.1830, agricultor, moleiro, cervejeiro, músico e escrivão;
2)  JACOB LAMPERT, 02.03.1832 e 20.06.1910, cc Katharina Elizabeth Kolb, 10.02.1846 e 21.02. .1915;
3)  ELISABETH LAMPERT, 02.02.1835 e 17.09.1899, cc o agricultor e tenente Wilhelm Blauth, 13.10.1832 e 04.06.1892, irmão de Peter Blauth acima mencionado;                                                                                                           
4)  CATHARINA LAMPERT,  07-05-1837 E 21.O6.1918,  cc Georg Schäffer, 17.04.1836 e 21.06.   1918;                                                               
5)  MARGARETHA LAMPERT, 1840, cc Christian Closs, filho do pastor Friedrich Closs                        e Juliana Halfenstein;                           
6)  SOPHIA LAMPERT, 11.09.1843 cc Johann Karl Closs, 24.09.1840, irmão do Christian, acima;                                                                

              Radicaram-se em Dois Irmãos no lote que havia pertencido a seu irmão Johann Adam, nas proximidades dos irmãos vindos na primeira emigração. Como tinham adotado também os prenomes tradicionais nos seus filhos, iguais aos filhos de seus irmãos que já estavam no Brasil, Elisabeth, Margareth, Philippine, Karl, Clemens e Jacob, aumentaram ainda mais a confusão de nomes.
            Identificamos duas anotações de entrada e saída de Johann Peter no Brasil. Com toda a certeza esse emigrante deve ter voltado para a Alemanha a fim de atender tratativas que visassem provavelmente vender propriedades remanescentes e depois retornar para o Brasil. Quando iniciava o retorno de sua última viagem adoeceu e faleceu no navio ainda na Holanda. Foi sepultado em Vlissingen, ilha de Walken, exatamente no mesmo local onde seu irmão Johann Jacob Lambert se separara da família na primeira emigração 37 anos antes.

T E R C E I R A   E M I G R A Ç Ã O


                 Partindo de localidade não identificada na Alemanha, JOHANN LAMPERT, com 21 anos, nascido em 1836, viajou pelo brigue belga “Amanda” chegou a Porto Alegre pelo vapor Marquês de Caxias, em 12.07.1857. Jamais descobrimos quem eram os seus pais.
             Já na primeira edição suspeitávamos que algo deveria   estar  incorreto, pois Johann teria tido seu primeiro filho aos 31 anos, o que, fugia completamente dos costumes. Não havia solteirões. A vida era quase impossível sem uma esposa para dividir os trabalhos do lar e da lavoura. Ainda mais ele, sozinho e carente de afeto familiar, logo seria encontrado por uma noiva disponível. 
            Procurando no Arquivo Público encontramos um primeiro casamento com Anna ………..,  com quem teve quatro filhos, justificando assim a demora do nascimento do primeiro filho do segundo casamento, que conhecíamos.

1)   J. NICOLAU,
2)  MARGARETH,
3)  ELISABETH e
4)  ANNA MARIA.

            Não encontramos nenhum descendente. Só teve um filho varão, que pode ter falecido jovem, pois jamais encontramos um Lampert que não comprovamos ascendência. Não levou seus filhos para residir com a segunda esposa. Talvez ficassem com os avós. É possível que Johann tenha realizado seu primeiro casamento em São Leopoldo, que na época, abrangia vasta região; Tendo enviuvado, casou com Bárbara Drehmer em Teutônia, então município de Estrela. Na qualificação na igreja Johann identificou-se como sendo de São Leopoldo.  Passaram a participar como membros da igreja evangélica de Linha Franck, a mesma e ao mesmo tempo em que Johann Adam Lampert, 1ª emigração, 2º filho, lá residia. Seria ingenuidade imaginar que seria apenas uma coincidência.  Nossa parente Gládis Lampert Jacobs, de Languiru - Teutônia, teve o capricho e competência para pesquisar todos os livros antigos das igrejas evangélicas de Linha Franck e Teutônia, registrados em alemão arcaico, em caracteres góticos e as vezes borrados pelo tempo. Seu trabalho veio complementar o que nos já possuíamos e dar-lhe validade.
            Cremos que Johann já partira da Alemanha sabendo de antemão que em Teutônia morava seu provável parente e certamente a convite dele. Enviuvando, procurou seus familiares.  A hipótese de parentesco com a 1ª emigração, evidencia-se também com a 4ª. Em conclusão e apenas com provas circustanciais, acreditamos num parentesco estreito entre as quatro emigrações.   O casal, mais tarde, entre 1874 e 1880 residiu à margem esquerda do rio Forqueta (Arroio do Meio) e participava da igreja evangélica de Conventos, no outro lado do rio, no município de Lajeado, onde foi batizada uma filha nascida em Teutônia, Juliana. Encontramos o registro civil do nascimento do filho  Adolfo, nascido em 1880 no município de Lajeado, cremos que em Conventos. Lembramos que a colonização do município de Lajeado iniciou-se em Conventos Velhos, hoje um bairro um pouco distante. Pelo menos, durante esse pequeno período moraram perto de Conventos. Depois, voltaram para Teutônia. 
             Esta presença simultânea de duas emigrações, provindas de Brochier e Teutônia para Conventos e a vinda de ambas para Teutônia, na mesma época, evidencia um parentesco bastante próximo, pois as atitudes de troca de residência e seu retorno foram feitas em conjunto. Os parentes, reciprocamente se auxiliavam, especialmente num fato importante como o de troca de local de lavoura e moradia. Cabe observar que não identificamos aquisição de propriedades rurais perto de Conventos (Arroio do Meio). Talvez fossem apenas meeiros e desistiram mais tarde da idéia.
            Na região, a passagem natural era por Lajeado, até que se colonizaram todas as várzeas do rio Forqueta. Dali em diante, os descendentes de alemães pularam sobre a serra e voltaram a se estabelecer somente a 150 km para noroeste, na região de Carazinho. A subida da serra foi colonizada exclusivamente por descendentes dos italianos que vieram 50 anos mais tarde, e assim permanece até hoje. O início do planalto (Soledade) foi colonizado por descendentes de portugueses.
             Guardamos na memória a visão, quase diária, na década de 40, da passagem por Lajeado, das famílias de colonos em direção às colônias novas. Um caminhão de carga, levando na larga cabina, além do motorista, o casal e os filhos menores. Na parte trazeira, os filhos maiores iam encarapitados na carga de mórveis e trastes. Rodas de carroça eram visíveis nas laterais do veículo. Atraz, os filhos maiores iam encarapitados na carga de móveis e trastes. Rodas de carroça eram visíveis na traseira do veículo.  Na parte trazeira,uma junta de bois para tração e uma vaca de leite. Era o mínimo para a sobrevivência inicial, mas os corações iam abarrotados de coragem e esperança. Jamais se arrependeram. A estrada era muito ruim e passava por Encantado, Arvorezinha, Soledade, Espumoso até Carazinho. Demorava-se um dia inteiro no trajeto.
            Três gerações mais tarde, já no novo milênio, tivemos nossa curiosidade aguçada, pelo fato que, inicialmente, nos pareceu incoerente. Passamos a encontrar descendentes jovens de familiares Lampert migrantes para o extremo noroeste do Estado, já nas barrancas do rio Uruguai, residentes nos municípios da região do calçado e Alto Taquari. Estavam voltando às origens, pois aquela região já se transformara em minifúndio irreparável e os jovens, sem capacidade financeira para tentar o norte do Brasil, vieram trazer o concurso de sua mão de obra qualificada na indústria. Era o retorno à um passado que se manteve na memória. Travamos relações com eles. Se surpreenderam com o que sabíamos da vida de suas famílias e inclusive, os apresentamos a outros que já tinham vindo anteriormente.
             Não comprovamos relações formais com os Lampert de Dois Irmãos, mas o uso dos mesmos prenomes nos filhos e a estadia simultânea em Conventos e Teutônia são indicações de parentesco. O casal teve 17 filhos e localizamos os 13 que sobreviveram à primeira infância.

1)   JACOB LAMPERT, 27.6.1867 e 1.6.1934 em Canabarro, Teutônia, casado com Karoline Scherer;
2)   WILHELMINE LAMPERT, 1869, casada com Ferdinand Wendt;
3)   CARL LAMPERT, 1870, casado com Carolina Frederica Röhrig;
4)   CAROLINA LAMPERT casada com Peter Schneider;
5)   FRIEDRICH LAMPERT, 25.6.1873 e 1889;
6)   JULIANA LAMPERT, 15.5.1874, nascida em Teutônia e batizada em  Conventos, Lajeado, casada com Heinrich Leonhardt;
7)   ADOLFO LAMPERT, 24.12.1880 em Lajeado e sepultado em Estrela, onde residia, em 6.11.1933, cc Rosabella Maria Clementina Linn, 29.09.1880 e 19.07.1953;
8) THEOBALDO LAMPERT, 25.12.1882, cc Maria  Nessler e Rosalina Kutscher   em       segundas  núpcias. Residiu em Saldanha Marinho e lá faleceu e foi sepultado em 13.9.1950. Deve ter casado em Teutônia, pois é a única localidade no RS onde         encontramos o raro sobrenome Kutscher, um comerciante local;
9)   ERNESTINE LAMPERT, 1883, casada com Jacob Gabriel Schwingel;
10)  PHILIPPINE LAMPERT, casada com Alphonso Schneider, 26.4.1886;        
11)  GUSTAVO EMÍLIO LAMPERT, 1887, cas. Maria Albertine Feine, 1891;                           12)  LÍDIA LAMPERT, cas. com Gustav Schneider;                                                                                13)  AMÁLIA LAMPERT, cas. com Wilhelm Gewehr.

                Os quatro filhos Jacob, Carl, Adolfo e Theobaldo, tiveram em conjunto 46 filhos. No decorrer do nosso trabalho, em várias oportunidades, tivemos que utilizar apenas intuição na colocação de nomes comuns e repetitivos como Johann, Jacob e Carl, existentes em todas as grandes famílias, e na maioria sem a data de nascimento, mesmo que não tivéssemos provas vigorosas que realmente pertencessem àquela família. Por ocasião do “encontro” de Teutônia, fizemos contato com nossa parente Elmira Gaussmann Schwingel, descendente do Johann, por sua filha Ernestine, que tinha um magnífico trabalho particular (outro Vohrfaren) sobre os descendentes do Johann, que, tabulado e comparado com o nosso, mostrou erros e acertos recíprocos e nos levaram a trocar a ascendência do Carl Lampert, casado com Carolina Röhrig, da primeira para a terceira emigração.

            Parte de seus descendentes colonizou Crissiumal, Três Passos, Tenente Portela, Constantina, Selbach, Santa Bárbara do Sul, Ibirubá e outros municípios da região. Outros foram para a Argentina e Paraguai. Mantivemos contato pessoal com alguns deles numa das Lampert Fest. Cremos que jamais retornarão e acabarão absorvidos pela cultura hispânica. É uma questão de tempo. Os jovens lá nascidos têm dupla nacionalidade. 

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